segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ideologia

Meu partido é um coração partido e as ilusões estão todas perdidas os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato
Que eu nem acredito Ah! eu nem acredito...
Que aquele garoto, que ia mudar o mundo, Frequenta agora as festas do "Grand Monde"...
Meus heróis morreram de overdose, meus inimigos, estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs
Não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar a conta do analista prá nunca mais ter que saber quem eu sou,
Ah! saber quem eu sou..
Pois aquele garoto Que ia mudar o mundo agora assiste a tudo em cima do muro
 
CAZUZA

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Desastre Ambiental

São mais de seiscentas as espécies animais que se encontram ameaçadas devido ao derrame do crude da plataforma da BP. Duas em particular, levantam as preocupações dos biólogos - o pelicano castanho e a tartaruga marítima. Mas não são apenas estas duas espécies as que levam os biólogos a recear uma tragédia ecológica. A Tarambola, a Gaivota Real, o Maçarico são outras espécies ameaçadas pelo derrame.Cento e trinta e quatro espécies de aves, 445 espécies de peixes, 45 de mamíferos e 32 espécies de répteis e anfíbios (jacarés e crocodilos, serpentes do mar e rãs) estão em perigo, não têm dúvidas em afirmar o Departamento de vida selvagem e das pescas da do estado norte-americano da Louisiana. Os golfinhos, o peixe-boi, e até as várias espécies de baleias correm o risco de serem atingidas a par dos coiotes, raposas e castorespodem ver o seu habitat afectado por este acidente. A mancha de crude é do tamnho de um pequeno país. Tem 200 quilómetros de comprimento e 110 de largura e no momento presente já ameaça as costas norte-americanas até à Florida. Duzentas embarcações travam uma luta desesperada na tentativa de fechar o poço, que injecta milhares de litros de petróleo nas águas do oceano por dia visando estancar a tragédia. Milhares de barragens flutuantes foram colocadas numa tentativa de contenção da mancha de crude. As autoridades norte-americanas entre as quais a Casa Branca, viram-se na contingência de prometer aumentar substancialmente o limite legal das indemnizações que a BP empresa que explora a plataforma sinistrada poderá ter de pagar devido aos prejuízos causados à pesca, ao turismo e a outros sectores. Estes os prejuízos mensuráveis. O risco que correm as mais de seiscentas espécies animais e o dano que daí advirá para a natureza e para o próprio homem não se podem medir.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Separado aos 47 anos

A estatística impressiona. De acordo com dados do IBGE, nos últimos seis anos o número de divórcios entre homens e mulheres com mais de 45 anos subiu 40%. Só para se ter uma idéia, no total da população o aumento não chegou a 15%. Voltar à solteirice depois de vinte anos de vida a dois pode parecer tarefa mais árdua que a de uma separação nos primeiros anos de casamento. Na maturidade, o patrimônio da família já está estruturado, os filhos crescidos têm vida própria, o casal se acostumou com as manias um do outro. Mas nada disso parece ser mais garantia de uniões longas. "Estou no meu auge, não podia me conformar com pouco. Buscava algo melhor e encontrei. No começo, é sempre difícil, mas não troco meu estilo de vida hoje por nada, na minha idade, só fica solteiro quem quer. Para alguém interessante não existe mais solidão. Pensar em mudar de vida ou fazer planos para o futuro é algo absolutamente natural. A terceira idade agora começa aos 80 anos. Não é clichê que aos 50 e poucos ainda se tem tempo para tudo. O fato de as mulheres também terem conquistado uma posição relevante no mercado de trabalho e, por conseqüência, dinheiro para se sustentar sem a ajuda do marido também é um motivador para dar fim a relações sem sentido. No Brasil, em mais de 70% dos processos de separação não consensual, justamente a mais dolorosa, a responsabilidade é feminina. No entanto, na faixa etária acima dos 50 anos, os pedidos de separação feitos por homens superam os de mulheres. Estudiosos acreditam que os remédios contra impotência têm um tremendo peso nesse fenômeno. O sujeito passa a se sentir um garoto aos 60 anos. Dispõe de tempo, dinheiro e vigor para começar uma nova família, e é o que, em geral, acontece. Mesmo que a turma dos solteiros convictos pareça fazer mais barulho, o fato é que boa parte dos divorciados cinqüentões volta a se casar. A explicação é simples: quem já viveu um relacionamento estável (e feliz, obviamente) quer sempre mais.

terça-feira, 15 de junho de 2010

O Tempo

NADA COMO O TEMPO.....
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, perceber que não precisa dela, e percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

Amigo

AMIGO É AQUELE QUE CHEGA QUANDO TODO MUNDO JÁ SE FOI!
Certa vez um soldado disse ao seu tenente:
- Meu amigo não voltou do campo de batalha, senhor, solicito permissão para ir buscá-lo.
-Permissão negada, replicou o oficial. Não quero que arrisque a sua vida por um homem que provavelmente está morto. O soldado, ignorando a proibição, saiu, e uma hora mais tarde regressou, mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo.
O oficial estava furioso:
- Já tinha dito que ele estava morto!!! Agora eu perdi dois homens! Diga-me, valeu a pena trazer um cadáver? E o soldado, moribundo, respondeu:
- Claro que sim, senhor! Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e pôde me dizer: "Tinha certeza que você viria!"

"AMIGO É AQUELE QUE CHEGA QUANDO TODO MUNDO JÁ SE FOI!
...amigo é para estar na hora boa e ruim conte comigo sempre
Abraçoooo

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Meu Casamento

O SEGREDO DO MEU CASAMENTO
Meus amigos não cansam de me perguntar, por que depois de me separar casei de novo, e como eu consegui ficar casado 18 anos anos com a mulher que eles conheciam. As mulheres, que eram de nosso convivio, sempre mais maldosas que os homens, claro, perguntam a minha ex-esposa como ela conseguiu ficar casada comigo. Os mais jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue. Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento. Minha esposa, se não me engano, está em seu segundo, porque ela acredito que já pensou em pegar as malas mais vezes do que eu. O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido. Não existe essa tal "estabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensando fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo. Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.

sábado, 12 de junho de 2010

Em quem votar

A imprensa e o governo não são muito confiáveis (o RGS que o diga!). E sobre a Marina, como não há nada a dizer contra ela, estão inventando que ela colocará ensino do criacionismo nas escolas, que fará uma república evangélica, etc.... é um discurso terrorista vindo do PT (que já sofreu com esse tipo de discurso). Se cada um de nós trouxer consciência a uma pessoa e evitar colocar essa (Dilma ou outros que já participaram do governo e nada fizeram) no poder com tudo o que há de pior no PT (Zé Dirceu, por exemplo), já é um grande avanço! Abs

sábado, 5 de junho de 2010

Oriente Medio

o conflito no Oriente Médio
Introdução
Face à escalada desenfreada de violência e ódio no conflito que opõe israelenses e palestinos ao longo dos últimos dezoito meses, impõe-se uma análise de origens e da evolução do conflito, dos atores intervenientes e seus objetivos e valores subjacentes.
A ofensiva militar de Israel contra os territórios e as principais cidades palestinas, justificada perante a opinião pública mundial como um esforço de destruir a “infra-estrutura” do terrorismo certamente não prima por uma visão estratégica e política capaz de conduzir a um futuro consenso, com base em um diálogo mediado por representantes das Nações Unidas e outras organizações internacionais. Apesar da resolução recente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, favorável à criação de um Estado palestino ao lado do Estado de Israel, a tragédia mortífera no Oriente Médio prossegue aparentemente sem solução à vista. O texto procura esclarecer os fatos e estimular a discussão do problema que se tornou mundial em suas implicações.
Os antecedentes históricos
Contrariamente ao senso comum, os conflitos entre judeus-israelenses e árabes-palestinos não surgiram apenas nos últimos anos, mas têm um histórico de mais de um século.
O início da colonização impulsionada pelos ideais zionistas– o retorno à terra bíblica, a volta à terra, tendo a agricultura como fonte principal de sustento e a cooperação dos produtores como base de uma sociedade mais justa – levou ondas sucessivas de “pioneiros” para a Terra Santa, desde o final do século XIX.
Naquela época, a região estava sob o domínio do sultão, dos Turcos Otomanos, esparsamente povoada por agricultores palestinos no lado ocidental, que seria posteriormente declarado como Estado de Israel, e por beduínos nômades na parte oriental, transformada pelos Ingleses no reino da Transjordânia, no final da Primeira Guerra Mundial.
Na primeira metade do século vinte, cresceu a população judaica da Palestina, em decorrência das ondas de perseguição e massacres, na Rússia Czarista e na Europa Oriental, impulsionando o movimento zionista, fundado na última década do século XIX, em Basiléia, na Suíça. Em 1917, em plena guerra mundial, a Grã-Bretanha divulgou a “Declaração Balfour” em que declarava ver com simpatia o estabelecimento de um “lar nacional” para os judeus na Palestina. Mas, concomitantemente, aumentou também a população árabe, por crescimento vegetativo e por imigração dos países vizinhos, mais pobres e economicamente mais atrasados. Ataques às colônias estabelecidas pelos pioneiros ocorreram esporadicamente, ganhando maior ímpeto e adesão em 1929, nas cercanias de Jerusalém e em 1935-36, as vésperas da Segunda Guerra Mundial, o que levou o governo britânico a editar o “livro branco”, restringindo a imigração de judeus, apesar de números crescentes de refugiados da Alemanha nazista e da Europa Central e Oriental.
Durante a Segunda Guerra, houve movimentos militares anti-britânicos no Egito e no Iraque favoráveis à Alemanha, cujas tropas estavam avançando em direção ao Canal de Suez pelo Norte da África, chegando às portas de Alexandria, e pelas estepes da União Soviética, em direção aos poços de petróleo, no Cáucaso. Reprimidas as revoltas dos oficiais egípcios e iraquianos, os ingleses passaram a apoiar-se na população judia da Palestina, em cujo território instalaram bases operacionais e amplas instalações de recondicionamento de tanques e artilharia, destroçados pelos blindados alemães do General Rommel. Ademais, criaram uma Brigada Judaica, para serviços de suporte às tropas combatentes no Norte da África.
Terminada a guerra e reveladas as dimensões apocalípticas do Holocausto, a pressão da opinião pública mundial e sobretudo, da americana, levaram a Assembléia Geral da ONU a aprovar em 1947 um plano de partilha da Palestina, em um Estado judeu e outro palestino. Convém frisar que todo o território não passava de 27.000 km2, dos quais pelo menos 1/3 se situava no deserto de Neguev. Com o fim do mandato inglês e a retirada das tropas britânicas irrompeu a guerra da independência, em que o novo Estado de Israel enfrentou os exércitos do Egito, Síria, Tranjordânia, Líbano, Iraque e os próprios palestinos, muitos dos quais foram induzidos a abandonar seus lares, na expectativa de um próximo retorno com a vitória dos exércitos árabes.
Assim, segundo Meron Benvenisti, historiador israeli, ....”dezenas de vilarejos, centros urbanos e 400.000 hectares de terras cultiváveis foram abandonados por seus habitantes - cerca de 600.000 – que se transformaram em refugiados, nos próprios países árabes. É esta massa de refugiados, estimados em 3 milhões espalhados nos campos do Líbano, da Jordânia e da faixa de Gaza, que constitui o problema mais espinhoso nas negociações sobre o futuro da relação entre Israel e o Estado palestino a ser criado. No fim da guerra, com o armistício imposto pelas Nações Unidas, Israel ocupava, além de sua parte, também áreas cedidas aos palestinos pelo plano da partilha. Em 1956, numa guerra relâmpago contra o Egito de Gamal A. Nasser, as tropas israelenses chegaram até o Canal de Suez, recentemente nacionalizado pelo Egito, o que provocou a reação da França e Grã-Bretanha que se juntaram à guerra ao lado de Israel. Nesse impasse, Nasser foi salvo pela intervenção diplomática conjunta dos EUA e da União Soviética que forçaram a retirada das tropas estrangeiras do território egípcio.
Em 1967, eclodiu um novo conflito, em que Israel enfrentou os exércitos do Egito, Síria e Jordânia, conquistando as colinas do Golan no norte, a faixa de Gaza e o deserto do Sinai do Egito e a Cisjordânia, incluindo a parte árabe de Jerusalém, da Jordânia.
Longe de aplacar os ressentimentos e desejos de vingança, a vitória na “guerra dos seis dias” deu origem a um movimento de irredentismo e ações de terrorismo por parte dos palestinos, apoiados com armas e recursos financeiros pelos países árabes, mas que não se dispuseram a acolher e integrar os refugiados. Ao contrário, em setembro de 1971 ocorreu um massacre de milhares de palestinos nos campos de refugiados, pelas tropas do rei Hussein, na Jordânia.
Novamente, em 1973, os exércitos árabes do Egito e da Síria lançaram uma ofensiva-surpresa, durante o feriado judaico de Yom Kippur. Embora inicialmente bem sucedido devido ao efeito surpresa, as tropas árabes foram derrotadas e milhares foram feitos prisioneiros de guerra.
Mas, em 1977, com a intervenção do presidente J. Carter, o governo israeli (do conservador M. Begin) iniciou conversações com o Egito, com o resultado de um acordo de paz e a devolução do Sinai.
Em 1982, sob o comando do atual primeiro ministro, o então general Ariel Sharon, as tropas israelenses invadiram o Líbano, chegando à capital Beiruth, quando a milícia cristã massacraram milhares de palestinos, sem que os israelenses interviessem para deter a fúria dos milicianos. A ocupação da parte meridional do Líbano prolongou-se até 2000, caracterizada por ataques às cidades e colônias israelenses pelas milícias Hizbollah (os soldados de Deus) até a desocupação militar do território.
Entretanto, após gestões prolongadas de diplomatas escandinavos, israelenses e palestinos iniciaram em 1993 um processo de paz que previa a retirada gradual de Israel dos territórios, em troca de reconhecimento pelos palestinos do Estado judeu. Mas enquanto prosseguiram as reuniões intermitentes, mediadas pelo presidente Clinton, os israelis (mesmo sob o governo trabalhista de I. Rabin) continuaram com a política de assentamentos na Cisjordânia e em Gaza, enquanto os palestinos não pararam sua estratégia de atentados. Em julho de 2000, o então primeiro ministro Ehud Barak avançou na oferta de devolução de até 95% dos territórios e de divisão da soberania sobre Jerusalém – um ato que quase certamente teria sido vetado pelo Parlamento – que foi rejeitado por Yasser Arafat. Em conseqüência, Barak perdeu a maioria no Parlamento, o que levou à ascensão de Sharon e da ala dos grupos mais radicais, na condução da guerra e da política israelense.
As vésperas da visita de Colin Powell ao Oriente Médio, os palestinos intensificaram os atentados suicidas a alvos civis e o exército de Israel ocupou as principais cidades da Cisjordânia, na caça aos terroristas.
Dos dois lados predominam os extremistas, o que afasta cada vez mais as chances de paz. Arafat parece ter perdido o controle dos grupos radicais, enquanto Sharon não dá sinais de ter renunciado à manutenção dos assentamentos nos territórios ocupados. Quais são então as chances de um armistício que levaria à negociação de paz? À complexidade dos problemas em jogo – assentamentos, devolução de territórios, Jerusalém, refugiados – vem acrescentar-se o peso dos atores políticos, internos e externos, que complicam ainda mais o cenário político e estratégico. A visão e ação norte-americanas expressas na doutrina de Bush, de “guerra contra o mal” embaralha o jogo, enquanto estimula e legitima a escalada militar de Israel, supostamente alinhado ao combate universal contra o terrorismo.
Os atores sociais em confronto
Quando os ingleses abandonaram seu mandato e se retiraram da Palestina, as Nações Unidas recomendaram a divisão em dois Estados, um judeu e um árabe, de acordo com a concentração demográfica das respectivas populações. Os árabes recusaram a partilha, lançando-se em uma guerra em que prometiam “jogar os judeus no mar”. No final do conflito e o cessar-fogo de 1949, a Jordânia tinha ocupado a Cisjordânia e a parte oriental de Jerusalém e o Egito, a faixa de Gaza.
Durante os dezoito anos que se seguiram, não houve nenhuma tentativa por parte dos países árabes de integrar e assentar pelo menos parte dos refugiados palestinos, enquanto Israel recebeu entre 500-600.000 refugiados judeus, expulsos dos países árabes, desde o Maghreb até o Iraque.
A vitória relâmpago de Israel na guerra dos 6 dias não melhorou o cenário. Ao contrário, reunidos em Khartum-Sudão, os lideres árabes responderam às ofertas de paz com os “três nãos”: não reconhecimento, não negociar e não à paz com Israel.
O breve interregno aberto após a guerra de Yom Kippur em 1973, com as negociações e a conclusão da paz entre o Egito de A. Sadat e M. Begin, respectivamente presidente e primeiro-ministro, pareciam inaugurar uma nova fase nas explosivas relações entre árabes e judeus. Entretanto, uma nova Intifada prolongou o impasse entre palestinos e israelis, até o início das negociações de Oslo, em 1993.
Militarmente derrotados, os palestinos mantiveram a exigência de uma total retirada de territórios ocupados, contando com o apoio não só dos países árabes, mas também das organizações internacionais, da União Européia e dos próprios Estados Unidos.
Por mais complexa e intratável que pareça a situação, a solução mais provável a ser negociada é a criação do Estado palestino, conforme a proposta do príncipe Saudita Abdulla, em troca do reconhecimento de Israel e da normalização de suas relações diplomáticas e comerciais com todos os países árabes.
Entretanto, o quadro complicou-se no seio dos militantes palestinos, com o surgimento, no início de 2002, das Brigadas dos Mártires, de Al Aqsa, uma organização secular, cujos ativistas de base vêm de organizações locais, sem coordenação do escalão político superior. Embora reconheçam Arafat como líder nacional, negam uma relação direta entre ele e as Brigadas. Consideram a resistência armada como forma de luta para promover objetivos políticos, a partir da premissa que esta não se resumirá com os acordos de Oslo. Não compartilham com a linha dura de outros grupos (Hamas e Jihad) que querem a destruição de Israel e aceitam a participação de mulheres na luta.
A repressão “linha dura” de Sharon levou a uma aliança estratégica entre os grupos armados opostos no cenário político palestino. A investida do exército de Israel nos territórios impeliu os militantes nacionalistas (Tanzin, Brigadas dos Mártires de Al Agsa) e os extremistas islâmicos (Hamas, Jihad) a superarem suas diferenças ideológicas, atuando como uma frente comum e deixando temporariamente as disputas sobre as características do futuro Estado palestino. Enquanto o Hamas preconiza a libertação da Palestina e a criação de um Estado Islâmico, do Mediterrâneo até o rio Jordão, o Tanzim- braço armado do Fatah, partido de Arafat - quer expulsar tropas e colonos israelenses dos territórios ocupados em 1967, para criar, ao lado de Israel, um Estado laico, com capital em Jerusalém Oriental.
Entretanto, o governo e as forças armadas israelenses equivocadamente consideram como terroristas tanto os grupos nacionalistas identificados com a ANP (Autoridade Nacional Palestina) e Arafat, quanto os militantes do Hamas e Jihad Islâmico, atribuindo toda a responsabilidade pelos atentados suicidas a Arafat. Diluindo-se as linhas distintivas, tornou-se difícil identificar interlocutores válidos para avançar em direção a negociações de paz, fortalecendo, ao mesmo tempo, os radicais que apóiam Sharon na caracterização de todos os palestinos, incluindo Arafat, como terroristas.
Após a invasão e destruição das cidades da Cisjordânia, Arafat e Sharon estão cada vez mais distantes de estabelecer um cessar-fogo e de entabular negociações, para chegar a um acordo de paz. Arafat não cumpriu sua promessa feita no acordo de Oslo de evitar ataques de terroristas a partir de territórios controlados pela ANP- Autoridade Nacional Palestina. Mas, também Sharon falhou, não oferecendo aos palestinos qualquer perspectiva confiável de realizarem seus objetivos por meios não-violentos.
A conseqüência mais direta da “guerra” travada é o isolamento de Israel de países amigos que o apoiaram e a deterioração de seu nome e prestígio perante a opinião pública mundial.
Com todo o esforço de seu potencial militar, Sharon não foi capaz de fazer parar os ataques de guerrilhas suicidas, enquanto se destruía a tênue esperança de israelis e de palestinos, na possibilidade de um acordo justo para atender as reivindicações e expectativas dos dois povos.
Sharon e seu grupo de apoio parecem não aceitar uma questão de princípio fundamental para qualquer movimento em direção à paz. Israel deverá abandonar a maior parte dos territórios conquistados em 1967, para que possa surgir um Estado palestino viável na faixa ocidental e em Gaza.
Pior ainda, os ultra-nacionalistas – do partido Nacional Religioso – incorporados ao governo opõem-se à soberania palestina na faixa ocidental do rio Jordan e propõem uma futura emigração dos palestinos do país. Neste contexto, as propostas de Colin Powell de um avanço gradual, passo a passo em direção à paz parecem totalmente irrealistas: na verdade, um “salto” direto para sentar à mesa de negociações é ainda menos provável, tendo em vista o fosso que separa Sharon e Arafat.
Uma alternativa de superar o gradualismo, por mais distante que possa parecer, seria a constituição de uma força de segurança internacional encarregada da imposição da Resolução 242 de 1967 composta pela União Européia, EUA, Rússia e as Nações Unidas.
A visita de Colin Powell teve entre seus objetivos oferecer a Arafat a “última chance” de declarar um armistício e de deter as milícias e os ataques-suicídas.
Entretanto, ficou patente que mesmo declarando tal armistício, Arafat não teria condições de implementá-lo. Assim, também Sharon afirma procurar estabelecer um processo político “sem Arafat”, considerado chefe do terror. Na espera de surgimento de uma liderança palestina “responsável”, as tropas permanecem, apesar das promessas feitas a G.W. Bush, agravando o impasse.
Os últimos remanejamentos na Knesset – o parlamento israeli – com a incorporação ao bloco governista do grupo ultranacionalista de E. Eitan, a possível adesão do partido Gesher (D. Levy) e, posteriormente, da União Nacional – Pátria Israel dirigida por A.Lieberman, um imigrante russo, claramente prenunciam o endurecimento do governo, com a possível saída dos Trabalhistas (Shimon Peres – Relações Exteriores e Benjamin Ben Eliezer – Defesa).
Aonde vamos?
Mesmo no caso hipotético de um cessar-fogo, as negociações sobre a desocupação do território da margem ocidental, com o desmantelamento dos assentamentos, a divisão de Jerusalém e, sobretudo, a questão do retorno dos refugiados, enfrentarão obstáculos praticamente insuperáveis.
Concomitantemente, cresce a onda de protestos no mundo árabe, levando milhares às ruas marchando, gritando palavras de ordem contra Israel e os EUA. Esses movimentos são dificilmente controlados pelos respectivos governos, criticados por sua passividade, enquanto aumenta diariamente o número de voluntários dos grupos radicais palestinos e árabes em geral.
Não se pode ignorar que a revolta dos palestinos mobilizou quase toda a população dos territórios, potencializando o exército de “mártires” dispostos ao sacrifício de suas vidas.
Também, não é possível esquecer que a política de ocupação sistemática dos territórios por assentamentos iniciou-se nos sucessivos governos trabalhistas nos anos 60, recebendo forte impulso com a ascensão ao poder do Likud, em 1977.
Israel voltou a ser paria no cenário internacional, perdendo não somente a simpatia de países amigos, mas recebendo ameaças de sanções econômicas da União Européia – seu maior parceiro comercial.
Importa afirmar publicamente a necessidade de entregar os territórios, evacuar os assentamentos e devolver a parte oriental de Jerusalém. O ponto mais controvertido – a volta dos refugiados – deverá ficar para negociações posteriores, com a participação dos países árabes, os EUA e organizações internacionais.
Se, apesar de todos os esforços, a posição dos palestinos permanecer irredutível, enquanto ocorra um endurecimento da posição dos israelis, cada vez mais na dependência de apoio dos ultra-radicais, a situação da região do Oriente Médio se tornará insustentável – um beco sem saída, com profundas implicações para o equilíbrio geopolítico e a estratégia da superpotência que pretende lançar-se, após a guerra “vitoriosa” no Afeganistão, em nova aventura contra o Iraque.
A situação é tão desesperadora que os líderes da oposição israelense chegaram a propor algo inimaginável até há pouco tempo atrás: a criação, à semelhança de que foi feito nos Bálcãs nos anos 90, de um protetorado internacional para os territórios ocupados, para restaurar a calma, até a definição final de seu status e futuro.
Isto exigiria uma retirada das tropas israelis para convencer os palestinos da seriedade do processo, enquanto daria aos israelis o sentimento de segurança tão almejado.
Por enquanto, as duas lideranças não parecem inclinadas a aceitar tal proposta – os israelis alegam que tal movimento significaria uma vitória dos “terroristas”, enquanto os palestinos afirmam que seria uma derrota da luta pela independência.
Mas, independentemente da aceitação por israelis e palestinos, quem fornecerá as tropas para tal iniciativa?
Uma análise lúcida do conflito é apresentada por Amos Óz, escritor israelense bastante conhecido no Ocidente. (ver “Travamos duas guerras”, em Folha de S.Paulo, 07 de abril de 2002). Óz faz a distinção entre a luta de palestinos para libertar-se da ocupação e construir um Estado, independente. A outra guerra – a do islã fanático da Jihad, do Hamas e outros grupos terroristas – pretende destruir Israel e expulsar os judeus de sua terra. Segundo Óz, Arafat está travando as duas guerras simultaneamente, como se fossem uma só. Os seus guerreiros e “mártires” não fazem nenhuma distinção entre as duas, atacando indistintamente, militares e civis. Do lado de Israel, também prevalece o argumento simplista que permitiria a seus soldados reprimir todos os palestinos, pelo fato da “Jihad” islâmica total ser conduzida contra seus cidadãos. Óz também propõe a retirada dos territórios para afastar-se do controle de uma população hostil.
Somente com o fim da Jihad seria possível sentar-se à mesa das negociações da paz; caso contrário, Israel não teria outra saída do que lutar por sua sobrevivência, até o fim, com todas as possíveis implicações para o precário equilíbrio no Oriente Médio e no mundo atual.
     DESCOBRIU QUEM SÃO OS CULPADOS OU QUEM GANHA COM ESTA GUERRA.
FLÁVIO e Filhos

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Porque Hitler e os nazistas queriam exterminar os judeus do mundo inteiro?

• A explicação sempre veio do racismo, Por motivos de eugenia, deveriam ser eliminadas as raças que ele considerava "degeneradas" sendo que as mais degeneradas seriam precisamente os judeus e os ciganos povos que - por serem historicamente nômades teriam mutas misturas de outras raças por conta da mestiçagem.

O ódio aos judeus por motivo religioso é anterior ao nazismo é é uma verdadeira tradição cristã. Pelo menos desde a Idade Média, em praticamente todos os países, de tempos em tempos os judeus sofriam perseguições - os "pogroms", a inquisição e outras. Esta tradição acusa a TODOS os judeus como eternos culpados pela morte de Cristo, esquecendo-se que TODOS os apóstolos eram judeus, que José e sua esposa Maria eram judeus e que, portanto. o próprio Jesus era judeu!
Na verdade, Hitler apenas pegou um "cristo" terdicional da cultura européia - os judeus - e lançou sobre eles a responsabilidade pela derrota da Alemanha na I Guerra Mundial, acusando-os de haverem colaborado com os vencedores. O fato de que alguns dos cidadãos mais ricos da Alemanha eram judeus - que representavam grande parte do capital financeiro do país - também judou muito, por um lado despertando a cobiça das autoridades de confiscarem os bens dos judeus, por outro apresentado ao povo como "prova" da traição.
Há que lembrar que a Alemanha era um país de unificação recente e de grande tradição guerreira. Aceitar que haviam sofrido uma derrota pelas armas justamente quando haviam conseguido unificar a raça dos guerreiros germânicos, que havia tão rapidamente desenvolvido uma indústria e uma tecnologia avançadas era demais para o ougulho teutônico. As duras penas impostas pelos aliados que impediam o crescimento econômico e empobreciam a alemanha só pioravam a situação.
É então que surgem os nazistas, liderados por Hitler dizendo que a raça germânica era superior e que só havia sido derrotada pela traição dos judeus. Aquela "raça maligna de agiotas" havia se fingido de aliada dos germânicos e traído sua confiança, agindo como quinta-coluna. Isso não era verdade, mas era o que o povo alemão queria ouvir. Os culpados pela derrota da Alemanha não eram o povo alemão e seus heróis: eram seus vizinhos mais ricos, que viviam como concidadãos, mas que não professavam a mesma fé que o resto do povo alemão.
Teu avatar - uma bandeira de Israel onde a estrela de David foi substituída pela suástica inclinada e invertida dos nazistas, faz lembrar a injustiça cometida usando por desculpa o sofrimento (real) do povo judeu com a fundação (e manutenção até hoje) do Estado de Israel.
Os Aliados (leia-se Estados Unidos), logo após a II Guerra, perceberam que iriam necessitar de uma força militar no Oriente Médio que garantisse sua dominação da região e simultaneamente impedisse a união dos países árabes. O fato de que naquele momento havia uma comoção mundial com a situação do povo judeu - que saíra em massa da Alemanha e de outros países da Europa e agora vagava pelo mundo sem lares, muitas vezes sem terem acesso a grande parte de suas posses, mas extremamente habilidosos e bem educados - só ajudava o plano que surgiu.
No ponto mais estratégico do Oriente Médio ficava a Palestina - no local que um dia foi o lar do povo judeu. No mundo inteiro se fez uma campanha "uma terra sem povo para um povo sem terra". Muito lindo, se fosse verdade...
Só que nesta "terra sem povo" vivia o povo palestino que foi invadido, retirado de suas terras e de suas casas, destituído de poder político. As leis de Israel dizem que se um palestino sair por 10 dias de seu lar, perde o direito àquela propriedade, que pode ser ocupada (e passar a pertencer legalmente) por famílias de judeus. Isto é ainda mais injusto se se considerar que ocorre em zonas militarmente ocupadas!
Portanto, quando a imprensa fala de "terroristas árabes malucos" que explodem a si mesmos em nome de Allah acreditando que vão para um paraíso cheio de belas huris, lembre-se... eles estão falando do povo palestino! Estão falando de um povo que foi desapropriado de sua própria terra e chamado de terrorista pelo ocidente nos últimos 60 anos.
Um povo cujo sofrimento no Estado de Israel tem sido tão intenso e muito mais duradouro quanto o dos judeus nas mãos dos nazistas ou quanto o dos negros da África do Sul até o final do Séc. XX.
Que fique bem claro que não estou acusando a raça dos judeus (não é raça, é etnia e/ou religião) nem o povo judeu pela situação dos palestinos. A responsabilidade desta situação está na política imperialista que formou um estado artificial e discriminatório na Palestina. A solução para isto seria - acredito - o reconhecimento de direitos iguais para os palestinos - políticos, civis e religiosos - procurar formas de compensar financeiramente as injustiças sofridas peor este povo e a formação de um Estado Laico, em Israel capaz de congregar palestinos e judeus - igualados em direitos e oportunidades.

Fonte(s):
Aulas do 2º Grau, livros, filmes, internet, etc...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Após os 50 anos, pessoas tendem a ter menos estresse e valorizar o prazer

Amadurecimento pode trazer felicidade, afirmam estudiosos

A vida começa aos 50. O ditado pode ser bem antigo, mas sua mensagem nunca esteve tão atual. Com mais maturidade e experiência, quem já completou cinco décadas de vida dá o exemplo para os mais jovens e mostra que a vida é bem melhor quando os pequenos problemas são deixados de lado, e mais valor é dado ao que realmente importa, como os amigos e a família. Para essa turma, que esbanja felicidade, a palavra de ordem é aproveitar o que a vida pode oferecer de melhor, sem estresse.

A professora e arquiteta Luana Le Roy, com 55 anos e no auge da felicidade, acredita que esse estado só pode ser alcançado quando se aproveitam os ensinamentos que são dados ao longo de toda a vida.

– A simples passagem dos anos não garante experiência. A experiência verdadeira, aquela que pode gerar a felicidade própria da idade madura, é adquirida quando vive-se cada evento que a vida nos coloca no caminho como uma oportunidade para aprender, para desenvolver valores internos, para adquirir sabedoria – diz.

Ela acredita, no entanto, que essa postura otimista pode gerar reflexos positivos não só com o passar dos anos. Para Luana, aproveitar as oportunidades de aprendizado nos torna pessoas mais felizes também no presente.

– Não é muito mais tranquila e feliz a vida de quem encara cada dificuldade como uma oportunidade em vez de ficar lamentando? Cada obstáculo é uma aventura. Vamos a ela com alegria e coragem! E retornamos com um troféu: o saber”, acredita. “Podemos ser o herói em vez da vítima indefesa – ensina.

Luana não está sozinha na percepção de que a maturidade pode ser uma aliada do bem-estar. Uma pesquisa do Instituto Gallup feita recentemente nos Estados Unidos, com cerca de 340 mil pessoas, observou que o sentimento de felicidade é mais comum entre aquelas que já passaram dos 50.

– Os principais resultados são que os sentimentos de raiva e de estresse diminuem consideravelmente com o passar dos anos – explica Arthur Stone, psicólogo da Universidade Stony Brook, em Nova York, um dos autores do estudo. – Assim, os mais velhos relataram menos estresse, raiva e preocupação, e, a partir de 50 anos, mais felicidade – explica.

Apesar de a pesquisa não apontar uma causa específica para o fenômeno, Stone acredita que essa felicidade seja fruto da mudança de valores que acontece ao longo da vida.

– Pessoas mais jovens estão se esforçando para alcançar realizações e não baseiam suas decisões em felicidade imediata, mas em atingir essas conquistas – afirma o pesquisador. – Com a idade, a realização passa a ser menos importante, e o foco da escolha das atividades passa a ser o prazer imediato. Isso pode ser a companhia de um amigo, a proximidade da família, atividades divertidas ou qualquer outra que a pessoa valorize – completa.

O esforço de amadurecer bem vale a pena. Segundo o coordenador do Centro de Medicina do Idoso do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Renato Maia, felicidade pode ser sinônimo de saúde.

– O conceito de saúde moderno envolve muitas outras questões além do bem-estar físico. Sentir-se bem consigo mesmo e ter uma postura positiva diante da vida influenciam positivamente nossa qualidade de vida e, por consequência, nossa saúde – afirma o médico. – Acreditar na vida e na felicidade não tem limite de idade, muito menos contraindicação. É para todo mundo – garante.

Entrevista: Melissa Andrade, filósofa, professora voluntária da Nova Acrópole

– A senhora concorda com a ideia de que a felicidade vem com a idade?

– Felicidade, de acordo com a filosofia de Aristóteles e Platão, é aquela própria do ser humano que vive uma vida conforme a razão guiada pelas virtudes. Para eles, o homem feliz seria aquele guiado pela justiça, pela beleza, pelo amor. Se o homem tem uma saga de vida profunda, com o passar do tempo fica melhor, pois a decadência do corpo não é motivo para lamúrias. Ela, na verdade, liberta a alma para a contemplação. Por outro lado, se o homem vive uma vida muito externa, a velhice é um peso, pois não se pode desfrutar mais tanto dos prazeres próprios dos sentidos. Não é o tempo que deixa o homem mais feliz, mas o seu amadurecimento. Contemplação para os filósofos não significa uma atitude passiva, mas uma busca pelas essências, pelos segredos e mistérios da vida.

– Será que só o tempo é capaz de nos fazer feliz ou é preciso algo mais?

– O tempo cronológico diz pouco. Uma pessoa idosa pode ser mais imatura que uma pessoa jovem. A felicidade está associada à sabedoria. Quanto mais o conhecimento sobre o sentido da vida e o papel do homem são traduzidos numa conduta de vida profunda e verdadeira, mais feliz e realizado o homem se torna. O que torna um homem feliz é ser coerente com os sonhos mais elevados e sublimes de sua própria alma. É agir conforme o dever e trabalhar em função de ideais que vão além da mera sobrevivência. Viver assim é possível, podemos aprender a ser assim. É isso o que a filosofia ensina.

– A senhora acredita que é possível encontrá-la definitivamente ou ela é sempre passageira?

– A felicidade é um arquétipo, um ideal. Felicidade definitiva só pode ser identificada com o nirvana, o estado de realização total dentro da filosofia do Oriente. O que temos são lampejos de felicidade próprios de um mundo em constante mudança. Mas, apesar disso, o homem pode ser muito mais feliz do que é hoje. Pode expandir seus limites e viver experiências cada vez mais profundas que o realizem. Esse é o trabalho da filosofia: ajudar o homem a se tornar cada vez mais pleno.

Meus idolos, Meu Pai, meu filho e......

Nelson Mandela


Biografia, luta contra o apartheid, foto, frases, momentos sobre sua vida, luta pelos direitos civis



Nelson Mandela: líder sul-africano que lutou contra o apartheid

Introdução



Nelson Rolihlahla Mandela é um importante líder político da África do Sul, que lutou contra o sistema de apartheid no país. Nasceu em 18 de julho de 1918 na cidade de Qunu (África do Sul). Mandela, formado em direito, foi presidente da África do Sul entre os anos de 1994 e 1999.

Luta contra o apartheid



O apartheid, que significa "vida separada", era o regime de segregação racial existente na África do Sul, que obrigava os negros a viverem separados. Os brancos controlavam o poder, enquanto o restante da população não gozava de vários direitos políticos, econômicos e sociais.



Ainda estudante de Direito, Mandela começou sua luta contra o regime do apartheid. No ano de 1942, entrou efetivamente para a oposição, ingressando no Congresso Nacional Africano (movimento contra o apartheid). Em 1944, participou da fundação, junto com Oliver Tambo e Walter Sisulu, da Liga Jovem do CNA.



Durante toda a década de 1950, Nelson Mandela foi um dos principais membros do movimento anti-apartheid. Participou da divulgação da “Carta da Liberdade”, em 1955, documento pelo qual defendiam um programa para o fim do regime segregacionista.



Mandela sempre defendeu a luta pacífica contra o apartheid. Porém, sua opinião mudou em 21 de marco de 1960. Neste dia, policiais sul-africanos atiraram contra manifestante negros, matando 69 pessoas. Este dia, conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, fez com que Mandela passasse a defender a luta armada contra o sistema.



Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA, conhecido como "Lança da Nação". Passou a buscar ajuda financeira internacional para financiar a luta. Porém, em 1962, foi preso e condenado a cinco anos de prisão, por incentivo a greves e viagem ao exterior sem autorização. Em 1964, Mandela foi julgado novamente e condenado a prisão perpétua por planejar ações armadas.



Mandela permaneceu preso de 1964 a 1990. Neste 26 anos, tornou-se o símbolo da luta anti-apartheid na África do Sul. Mesmo na prisão, conseguiu enviar cartas para organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Neste período de prisão, recebeu apoio de vários segmentos sociais e governos do mundo todo.



Com o aumento das pressões internacionais, o então presidente da África do Sul, Frederik de Klerk solicitou, em 11 de fevereiro de 1990, a libertação de Nelson Mandela e a retirada da ilegalidade do CNA (Congresso Nacional Africano). Em 1993, Nelson Mandela e o presidente Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz, pelos esforços em acabar com a segregação racial na África do Sul.



Em 1994, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Governou o país até 1999, sendo responsável pelo fim do regime segregacionista no país e também pela reconciliação de grupos internos.



Com o fim do mandato de presidente, Mandela afastou-se da política dedicando-se a causas de várias organizações sociais em prol dos direito humanos. Já recebeu diversas homenagens e congratulações internacionais pelo reconhecimento de sua vida de luta pelos direitos sociais.

Algumas frases de Nelson Mandela



- "Sonho com o dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos."

- "Uma boa cabeça e um bom coração formam uma formidável combinação."

- "Não há caminho fácil para a Liberdade."

- "A queda da opressão foi sancionada pela humanidade, e é a maior aspiração de cada homem livre."

- "A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias."

- "A educação é a arma mais forte que você pode usar para mudar o mundo."

Dia Internacional de Nelson Mandela

- A partir de 2010, será celebrado em 18 de julho de cada ano o Dia Internacional de Nelson Mandela. A data foi definida pela Assembléia Geral da ONU e corresponde ao dia de seu nascimento.