Amadurecimento pode trazer felicidade, afirmam estudiosos
A vida começa aos 50. O ditado pode ser bem antigo, mas sua mensagem nunca esteve tão atual. Com mais maturidade e experiência, quem já completou cinco décadas de vida dá o exemplo para os mais jovens e mostra que a vida é bem melhor quando os pequenos problemas são deixados de lado, e mais valor é dado ao que realmente importa, como os amigos e a família. Para essa turma, que esbanja felicidade, a palavra de ordem é aproveitar o que a vida pode oferecer de melhor, sem estresse.
A professora e arquiteta Luana Le Roy, com 55 anos e no auge da felicidade, acredita que esse estado só pode ser alcançado quando se aproveitam os ensinamentos que são dados ao longo de toda a vida.
– A simples passagem dos anos não garante experiência. A experiência verdadeira, aquela que pode gerar a felicidade própria da idade madura, é adquirida quando vive-se cada evento que a vida nos coloca no caminho como uma oportunidade para aprender, para desenvolver valores internos, para adquirir sabedoria – diz.
Ela acredita, no entanto, que essa postura otimista pode gerar reflexos positivos não só com o passar dos anos. Para Luana, aproveitar as oportunidades de aprendizado nos torna pessoas mais felizes também no presente.
– Não é muito mais tranquila e feliz a vida de quem encara cada dificuldade como uma oportunidade em vez de ficar lamentando? Cada obstáculo é uma aventura. Vamos a ela com alegria e coragem! E retornamos com um troféu: o saber”, acredita. “Podemos ser o herói em vez da vítima indefesa – ensina.
Luana não está sozinha na percepção de que a maturidade pode ser uma aliada do bem-estar. Uma pesquisa do Instituto Gallup feita recentemente nos Estados Unidos, com cerca de 340 mil pessoas, observou que o sentimento de felicidade é mais comum entre aquelas que já passaram dos 50.
– Os principais resultados são que os sentimentos de raiva e de estresse diminuem consideravelmente com o passar dos anos – explica Arthur Stone, psicólogo da Universidade Stony Brook, em Nova York, um dos autores do estudo. – Assim, os mais velhos relataram menos estresse, raiva e preocupação, e, a partir de 50 anos, mais felicidade – explica.
Apesar de a pesquisa não apontar uma causa específica para o fenômeno, Stone acredita que essa felicidade seja fruto da mudança de valores que acontece ao longo da vida.
– Pessoas mais jovens estão se esforçando para alcançar realizações e não baseiam suas decisões em felicidade imediata, mas em atingir essas conquistas – afirma o pesquisador. – Com a idade, a realização passa a ser menos importante, e o foco da escolha das atividades passa a ser o prazer imediato. Isso pode ser a companhia de um amigo, a proximidade da família, atividades divertidas ou qualquer outra que a pessoa valorize – completa.
O esforço de amadurecer bem vale a pena. Segundo o coordenador do Centro de Medicina do Idoso do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Renato Maia, felicidade pode ser sinônimo de saúde.
– O conceito de saúde moderno envolve muitas outras questões além do bem-estar físico. Sentir-se bem consigo mesmo e ter uma postura positiva diante da vida influenciam positivamente nossa qualidade de vida e, por consequência, nossa saúde – afirma o médico. – Acreditar na vida e na felicidade não tem limite de idade, muito menos contraindicação. É para todo mundo – garante.
Entrevista: Melissa Andrade, filósofa, professora voluntária da Nova Acrópole
– A senhora concorda com a ideia de que a felicidade vem com a idade?
– Felicidade, de acordo com a filosofia de Aristóteles e Platão, é aquela própria do ser humano que vive uma vida conforme a razão guiada pelas virtudes. Para eles, o homem feliz seria aquele guiado pela justiça, pela beleza, pelo amor. Se o homem tem uma saga de vida profunda, com o passar do tempo fica melhor, pois a decadência do corpo não é motivo para lamúrias. Ela, na verdade, liberta a alma para a contemplação. Por outro lado, se o homem vive uma vida muito externa, a velhice é um peso, pois não se pode desfrutar mais tanto dos prazeres próprios dos sentidos. Não é o tempo que deixa o homem mais feliz, mas o seu amadurecimento. Contemplação para os filósofos não significa uma atitude passiva, mas uma busca pelas essências, pelos segredos e mistérios da vida.
– Será que só o tempo é capaz de nos fazer feliz ou é preciso algo mais?
– O tempo cronológico diz pouco. Uma pessoa idosa pode ser mais imatura que uma pessoa jovem. A felicidade está associada à sabedoria. Quanto mais o conhecimento sobre o sentido da vida e o papel do homem são traduzidos numa conduta de vida profunda e verdadeira, mais feliz e realizado o homem se torna. O que torna um homem feliz é ser coerente com os sonhos mais elevados e sublimes de sua própria alma. É agir conforme o dever e trabalhar em função de ideais que vão além da mera sobrevivência. Viver assim é possível, podemos aprender a ser assim. É isso o que a filosofia ensina.
– A senhora acredita que é possível encontrá-la definitivamente ou ela é sempre passageira?
– A felicidade é um arquétipo, um ideal. Felicidade definitiva só pode ser identificada com o nirvana, o estado de realização total dentro da filosofia do Oriente. O que temos são lampejos de felicidade próprios de um mundo em constante mudança. Mas, apesar disso, o homem pode ser muito mais feliz do que é hoje. Pode expandir seus limites e viver experiências cada vez mais profundas que o realizem. Esse é o trabalho da filosofia: ajudar o homem a se tornar cada vez mais pleno.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Meus idolos, Meu Pai, meu filho e......
Nelson Mandela
Biografia, luta contra o apartheid, foto, frases, momentos sobre sua vida, luta pelos direitos civis
Nelson Mandela: líder sul-africano que lutou contra o apartheid
Introdução
Nelson Rolihlahla Mandela é um importante líder político da África do Sul, que lutou contra o sistema de apartheid no país. Nasceu em 18 de julho de 1918 na cidade de Qunu (África do Sul). Mandela, formado em direito, foi presidente da África do Sul entre os anos de 1994 e 1999.
Luta contra o apartheid
O apartheid, que significa "vida separada", era o regime de segregação racial existente na África do Sul, que obrigava os negros a viverem separados. Os brancos controlavam o poder, enquanto o restante da população não gozava de vários direitos políticos, econômicos e sociais.
Ainda estudante de Direito, Mandela começou sua luta contra o regime do apartheid. No ano de 1942, entrou efetivamente para a oposição, ingressando no Congresso Nacional Africano (movimento contra o apartheid). Em 1944, participou da fundação, junto com Oliver Tambo e Walter Sisulu, da Liga Jovem do CNA.
Durante toda a década de 1950, Nelson Mandela foi um dos principais membros do movimento anti-apartheid. Participou da divulgação da “Carta da Liberdade”, em 1955, documento pelo qual defendiam um programa para o fim do regime segregacionista.
Mandela sempre defendeu a luta pacífica contra o apartheid. Porém, sua opinião mudou em 21 de marco de 1960. Neste dia, policiais sul-africanos atiraram contra manifestante negros, matando 69 pessoas. Este dia, conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, fez com que Mandela passasse a defender a luta armada contra o sistema.
Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA, conhecido como "Lança da Nação". Passou a buscar ajuda financeira internacional para financiar a luta. Porém, em 1962, foi preso e condenado a cinco anos de prisão, por incentivo a greves e viagem ao exterior sem autorização. Em 1964, Mandela foi julgado novamente e condenado a prisão perpétua por planejar ações armadas.
Mandela permaneceu preso de 1964 a 1990. Neste 26 anos, tornou-se o símbolo da luta anti-apartheid na África do Sul. Mesmo na prisão, conseguiu enviar cartas para organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Neste período de prisão, recebeu apoio de vários segmentos sociais e governos do mundo todo.
Com o aumento das pressões internacionais, o então presidente da África do Sul, Frederik de Klerk solicitou, em 11 de fevereiro de 1990, a libertação de Nelson Mandela e a retirada da ilegalidade do CNA (Congresso Nacional Africano). Em 1993, Nelson Mandela e o presidente Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz, pelos esforços em acabar com a segregação racial na África do Sul.
Em 1994, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Governou o país até 1999, sendo responsável pelo fim do regime segregacionista no país e também pela reconciliação de grupos internos.
Com o fim do mandato de presidente, Mandela afastou-se da política dedicando-se a causas de várias organizações sociais em prol dos direito humanos. Já recebeu diversas homenagens e congratulações internacionais pelo reconhecimento de sua vida de luta pelos direitos sociais.
Algumas frases de Nelson Mandela
- "Sonho com o dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos."
- "Uma boa cabeça e um bom coração formam uma formidável combinação."
- "Não há caminho fácil para a Liberdade."
- "A queda da opressão foi sancionada pela humanidade, e é a maior aspiração de cada homem livre."
- "A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias."
- "A educação é a arma mais forte que você pode usar para mudar o mundo."
Dia Internacional de Nelson Mandela
- A partir de 2010, será celebrado em 18 de julho de cada ano o Dia Internacional de Nelson Mandela. A data foi definida pela Assembléia Geral da ONU e corresponde ao dia de seu nascimento.
Biografia, luta contra o apartheid, foto, frases, momentos sobre sua vida, luta pelos direitos civis
Nelson Mandela: líder sul-africano que lutou contra o apartheid
Introdução
Nelson Rolihlahla Mandela é um importante líder político da África do Sul, que lutou contra o sistema de apartheid no país. Nasceu em 18 de julho de 1918 na cidade de Qunu (África do Sul). Mandela, formado em direito, foi presidente da África do Sul entre os anos de 1994 e 1999.
Luta contra o apartheid
O apartheid, que significa "vida separada", era o regime de segregação racial existente na África do Sul, que obrigava os negros a viverem separados. Os brancos controlavam o poder, enquanto o restante da população não gozava de vários direitos políticos, econômicos e sociais.
Ainda estudante de Direito, Mandela começou sua luta contra o regime do apartheid. No ano de 1942, entrou efetivamente para a oposição, ingressando no Congresso Nacional Africano (movimento contra o apartheid). Em 1944, participou da fundação, junto com Oliver Tambo e Walter Sisulu, da Liga Jovem do CNA.
Durante toda a década de 1950, Nelson Mandela foi um dos principais membros do movimento anti-apartheid. Participou da divulgação da “Carta da Liberdade”, em 1955, documento pelo qual defendiam um programa para o fim do regime segregacionista.
Mandela sempre defendeu a luta pacífica contra o apartheid. Porém, sua opinião mudou em 21 de marco de 1960. Neste dia, policiais sul-africanos atiraram contra manifestante negros, matando 69 pessoas. Este dia, conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, fez com que Mandela passasse a defender a luta armada contra o sistema.
Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA, conhecido como "Lança da Nação". Passou a buscar ajuda financeira internacional para financiar a luta. Porém, em 1962, foi preso e condenado a cinco anos de prisão, por incentivo a greves e viagem ao exterior sem autorização. Em 1964, Mandela foi julgado novamente e condenado a prisão perpétua por planejar ações armadas.
Mandela permaneceu preso de 1964 a 1990. Neste 26 anos, tornou-se o símbolo da luta anti-apartheid na África do Sul. Mesmo na prisão, conseguiu enviar cartas para organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Neste período de prisão, recebeu apoio de vários segmentos sociais e governos do mundo todo.
Com o aumento das pressões internacionais, o então presidente da África do Sul, Frederik de Klerk solicitou, em 11 de fevereiro de 1990, a libertação de Nelson Mandela e a retirada da ilegalidade do CNA (Congresso Nacional Africano). Em 1993, Nelson Mandela e o presidente Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz, pelos esforços em acabar com a segregação racial na África do Sul.
Em 1994, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Governou o país até 1999, sendo responsável pelo fim do regime segregacionista no país e também pela reconciliação de grupos internos.
Com o fim do mandato de presidente, Mandela afastou-se da política dedicando-se a causas de várias organizações sociais em prol dos direito humanos. Já recebeu diversas homenagens e congratulações internacionais pelo reconhecimento de sua vida de luta pelos direitos sociais.
Algumas frases de Nelson Mandela
- "Sonho com o dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos."
- "Uma boa cabeça e um bom coração formam uma formidável combinação."
- "Não há caminho fácil para a Liberdade."
- "A queda da opressão foi sancionada pela humanidade, e é a maior aspiração de cada homem livre."
- "A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias."
- "A educação é a arma mais forte que você pode usar para mudar o mundo."
Dia Internacional de Nelson Mandela
- A partir de 2010, será celebrado em 18 de julho de cada ano o Dia Internacional de Nelson Mandela. A data foi definida pela Assembléia Geral da ONU e corresponde ao dia de seu nascimento.
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